quarta-feira, 27 de abril de 2011

Conheçam a Embrapa



A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, foi criada em 26 de abril de 1973. Sua missão é viabilizar soluções de pesquisa, desenvolvimento e inovação para a sustentabilidade da agricultura, em benefício da sociedade brasileira. Acesse http://www.embrapa.br

Etnocentrismo e Alteridade


Etnocentrismo e o ponto de vista segundo o qual o próprio modo de vida de alguém, ou de um grupo é preferível a todos os outros. Pode ser considerado como um fator que opera em favor do ajustamento individual e da integração social de indivíduo(s) a dado grupo, para que se identifique com o mesmo. Em nossa história verificam-se muitos etnocentrismos em confronto. No entanto, o etnocentrismo europeu é o que chama mais a atenção uma vez que assume uma forma mais racional e declarada a concepção eurocêntrica do ecúmeno e leva isso às últimas conseqüências da dominação armada. “A nós brasileiros, com bem pouco de tradição cultural historicamente identificável (apenas poucos séculos), foi e ainda é dado a conhecer também o lado das vastas tradições: o mais agressivo dos etnocentrismos, enquanto negação mesma da alteridade”
A alteridade a qual o autor se refere é mais propriamente cultural, que se refere à dificuldade de que os membros de uma dada cultura, imersos em sua peculiar visão de mundo e de todas as práticas que dessa derivam, enxerguem as componentes de uma outra formação cultural, como cosmovisão e atitudes diferentes, que lhe causam estranheza geradora de “insegurança” pela possibilidade de proposição de desestruturação das minhas verdades, o questionamento de minha cosmovisão (alteridade pessoal), que se dá na dinâmica das relações intersubjetivas e são mais ágeis, por vezes.
A alteridade que se dá entre culturas é mais complexa dificultando o fenômeno da comunicação e trazem como conseqüência os desencontros duradouros, muitas das vezes segundo atestam vários momentos da história da humanidade. Os momentos históricos que caracterizam processos de assimilação entre culturas distintas apontam para o reconhecimento da alteridade. Os tempos iniciais de desencontro e rejeição apontam para a negação da alteridade. Quando o homem  etnocêntrico, enclausurado em sua visão de mundo rejeita contato com outras expressões de humanidade, põe-se a negar outras culturas com adjetivos como “primitivas”, “atrasadas”, “rudes” ou “incivilizadas”, todas expressões ideologicamente discriminatórias, mediante avaliação a partir de si e de seus valores, que ignora as dimensões da pluralidade humana, inconteste.
MORAIS, Regis de. Cultura Brasileira e Educação. Campinas, SP: Papirus,1989

terça-feira, 26 de abril de 2011

A moral da educação brasileira atual

Qual a moral vigente em nosso sistema educacional?
Encontramos em nossas escolas um conjunto de práticas culturais que reproduzem essa moral individualista e ultilitarista de nossa sociedade globalizada.
As práticas tradicinais de ensino, por exemplo, legitiman a exclusão educacional ao valorizar:
1) o aprendizado de cada um por si, enfatizando o individualismo e a competição entre os discentes. Privilegia-se o trabalho individuale o sucesso escolar do aluno.
2) o aprendizado do sentimento de inferioridade, com a valorização da capacidade intelectual em detrimento de outras capacidadesn dos indivíudos:sensitiva, afetiva e operacional. Estabele-se um modelo atitudinal dos bons e dos maus alunos. Os bons estão associados ao sucesso escolar e recebem recompensas, enquanto os maus alunos estão vinculados ao fracasso escolar e recebem punições.
3) o aprendizado da submissão. Os alunos recebem passivamente os conteúdos escolares, não sendo estimulados a dizerem a sua palavra e a participarem democraticamente do processo ensino aprendizagem.
4) o aprendizado do medo do conflito, sendo vista a crítica como pertubadora da ordem estabelecida.
A escola, através de práticas educativas individualistas, meritocráticas e competitivas, discrimina todos aqueles e aquelas que apresentam dificuldades na apreensão dos conteúdos escolares e que apresentam padrões de comportamento que fogem ao modelo tradicional esocolar. Ao discriminar e culpar os alunos pelo fracaso escolar, não levando em conta a estrutura global do sistema social e educacional, a escola contradiz seu papel.
Essa moral individualista e dicursiva presente em nossas escolas precisa ser eticamente problematizada, na medida em que favorece a realização de práticas educativas concretas de discriminação e de exclusão social.
Para a superação dos discursos morais e das práticas excludentes na esdcola é indispensável que se estabeleça novos referenciais éticos, tendo como suporte a sensibilidade e a criticidade human e como critério a vida e a pessoa humana.
É preciso que se lute contra injustiças sociasi, que transgridem a ética, contra o desrespeito a vida e à pessoa humana e contra qualquer tipo de violência. Luta fundamentada em uma ética críticae material de afirmação taotal da vida humana e em uma ética universal do ser humano. Assim, lutar contra exclusão social significa lutar pela vida e pela humanização de homens e mulheres.
 texto extraido do livro Filososfia da Educação